domingo, 14 de novembro de 2010

Quando agente acaba entendendo...

É quando você não se importa se o bar é bem iluminado, bem localizado e se a cadeira é de metal ou de almofada. Sua risada vai ser forte e audível, e você não vai sorrir só com a boca, mas com os olhos que ficam miúdos e extensos, com o nariz que enruga de forma esquisita e com os braços que se encolhem e se abrem freneticamente. A cerveja sempre parecerá gelada, o refrigerante é uma maravilha e o suco indispensável. E mesmo que o lugar esteja vazio, a sua mesa estará cheia de histórias pra contar e gente querendo ouvir. E não importa se os encontros ficarem esporádicos, se a conversa passar a ser por telefone ou se um dia haverá uma decepção. Vocês sempre terão uns aos outros.

Daí você vê que é vital, indispensável e maravilhoso ter certas pessoas por perto. Você vai fazer de tudo para não decepcioná-las e vai sentir recíprocidade nisso.
O único problema é que encontrá-los é raro.

Costumam chamar de Amizade.


                                                                                            Cibeli Marques Pimentel

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

é isso e pronto!

Passei a ter pena de quem escreve sentimentos. Porque eu sei que dói, eu sei que sangra, eu sei que rasga a alma e no final não é nada perto do que a gente sente. É triste, é solitário, é monótono. Não dá pra exteriorizar.Por outro lado, eu admiro quem tenta, admiro quem escreve com tudo o que pode, porque sempre tem alguém que vai ler e vai se identificar. E vai se sentir aliviado em saber que o outro conseguiu escrever exatamente o que dizia seu coração. Isso não tem preço. E hoje, sem nenhum motivo ou data especial, eu quis agradecer a vocês, poetas da vida, pela satisfação que me proporcionam quando chegam pertinho do que eu sinto. É muito bom saber que não estou sozinha, que sempre vou encontrar lindas palavras escritas por pessoas que fazem questão de esconder em algum cantinho para eu achar.
Mas hoje eu me sinto meio tonta, meio doida. Grávida de mim mesma, só para ter que parir esse narcisismo torto. Hoje eu precisei de um poeta pra me salvar, pra fazer meu parto. Pra gritar minhas dores, meus prantos, meus amores. Pra arrancar de mim meu fogo, meu ar, meus demônios. Hoje eu precisei de um poeta para andar na beira do meu abismo, um poeta que tivesse coragem de enfrentar todas as minhas tempestades e ousasse mexer no mais sagrado de mim. Eu quis ser a poesia pura. Desejei que alguém fosse eu para descobrir o que fazer comigo, porque eu já não sei mais. Foi-se o tempo em que eu me dividia em três para conseguir me sustentar. Agora eu fiquei amiga de mim mesma, eu me apaixonei por mim de forma tão intensa que fiquei enjoada, fiquei cansada das minhas vaidades, do meu orgulho em estar sempre certa. Eu quero me errar, eu quero cair dançando, leve, quase voando. Eu quero sair de mim, eu quero mudar de corpo, me entregar, pertencer a alguém. Eu quero ver tudo de cima, do alto poético que nem Deus enxerga e ninguém verbaliza. E continuar amando alto para descansar a loucura e nada mais.

Suellen Nara

"Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós."
- Manoel de Barros

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Feriado em Familia



Tisssssssssssss...

- Mais um refrigerante!? Você sabe que isso faz mal!?

 - Ah é!? Falar mal dos outros também. Glup... Glup...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Contabilidade



Uma pessoa, à conta das pauladas que já levou na vida, de duas, uma: ou desenvolve traumas ou apura os reflexos. Eu de traumas não falo. Nem hoje. Nem nunca. São meus. Quanto ao resto, bom, quanto ao resto digamos que ao menor indício de que o pau vai no ar já eu me pus a mexer. E isto não faz bem a ninguém. Não faz porque vai que o pau até é para coçar as costas, an. Vai que afinal a ideia até nem é fazer mal. Pois é. Mas vai que eu ainda me lembro da última pancada e já não me apetece ficar a ver para que lado cai o pau. É que isto é tudo muito bonito mas uma pessoa não se cura nem cicatriza assim de um dia para o outro.
Por isso, à cautela, eu cá prefiro abraços. Porque disso, sim. Disso eu gosto e preciso.

                                                                                                   Autor Desconhecido

domingo, 10 de outubro de 2010

Prioridades



Dizem que eu perdi a noção do risco, mas sabe que eu simplesmente não me importo?
Aprendi o descompasso de um ritmo desconhecido.
Atormentei o silêncio da tristeza com um riso incontido e joguei com algumas cartas camufladas intimidando a razão.
É tarde demais para sair em busca de outras explicações.

Sou minha prioridade agora, e a partir de hoje, minhas noites mal dormidas serão por minha causa, meus esforços serão para o meu benefício, meu amor será direcionado primeiramente para a minha pessoa.
Eu não preciso de terapeutas, nem de drogas de farmácia.
Quero me sentir. Tenho direito a estação, a opção, a prestação.
Eu não simulo boas fortunas, não aparento o que não sou.
Se for isso o que chamam loucura, não me importo em me deitar com ela.
Não vou agir por convivência muito menos me esforçar para ser bem vinda.

Egoísta?
Talvez.

Mas quem não é?!

Cibeli Marques Pimentel

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Nem a metade.


"-Eu quero te dar a metade de uma laranja, mas você quer me dar
a metade de uma melancia."

O que você se dispunha a me dar, creio que não chegava nem a um limão.



Quanto a mim?
teria te dado a melancia inteira.



                            Cibeli Marques Pimentel

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Quer saber mesmo a verdade?


Eu cai na real, me decepcionei, e me arrependi de certas coisa. Cansei!
Eu pensei que sabia tudo, e não sabia.
Sabe aquele negócio de sentir que está certo? Pois é.

Acredito que de tudo isso, algo foi bom. O que ocorreu ontem foi a maior prova de que as coisas não eram bem o que me fizeram acreditar.

Eu estou mudando e perdendo a inocência que tantas vezes usei de bengala pra não acreditar na verdade.
Isso me trouxe conseqüências futuras e imediatas. Começando pelo preço real das coisas.
É indiscutível. Tudo tem um preço, e com amor é mais caro.

Mas me diga meu bem, quanto você pode pagar?
Até aonde vale a pena ir?

                                                                                              Cibeli Marques Pimentel

sábado, 2 de outubro de 2010

Da Observação



Não te irrites, por mais que te fizerem.
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio.


                                   Mário Quintana

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Pra assistir.


Simplismente lindo!


Me deporta!


Embarcamos sempre numa viagem qualquer, as vezes sem destino, as vezes sem companheiro, as vezes sem carro, carroça ou avião. Nunca nos perguntam. Nos embarcam sem permissao alguma. E a falta de consentimento faz com que se torne uma viagem horrorosa, desgostosa, mulher peluda de pernas grossas. Nem um carinho é feito. Somos uma pena no furacão; uma gota na tromba d`água; um puro no congresso; um romântico no século XXI. Todos são levados, assoprados, arrastados, enlameados.
Somos lançados ao mar bravio, ao ar sombrio, sem bussula, sem boias salva-vidas. E é a partir daí que vai ou racha; quebra ou encaixa; afunda ou abandona; ou fode ou sai de cima ou debaixo; ou chuta ou sai da frente; ou assa ou queima;
Mal cheguei, mal passado e já to saindo. Não queria ter vindo mesmo. Me deporta que eu gosto
.


Thiago Kuerques

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Foi assim...


Os dois deitados, olhando-se, em silêncio.

-Eu te amo anjo..

...pausa...
-Eu também te amo meu anjo.
Um beijo na testa.
...suspiro...
Um sorriso sincero.
Abraçaram-se.
Sentiram-se.
Uma serenidade mágica,
um sentir,
uns minutos eternos.
Simples, doce.
...brilho nos olhos...
Um instante,
um momento ímpar.
...beijos...
Sem nada a acrescentar.
Sozinhos, juntos.
Foi belo,
foi lindo,
foi único,
foi breve.
                                           

                                                         
                                                                                         Cibeli Marques Pimentel

terça-feira, 28 de setembro de 2010

You can do better






O amor sempre foi meu tema preferido
Nunca entendi, mas amei demais...
Tanto que nem deve ser amor real.









                    Cibeli Marques Pimentel

sábado, 25 de setembro de 2010

Um nó.


É preciso trocar de pele. Se camuflar algumas vezes mais. Envenenar. Rastejar até um novo lugar. Se alimentar. Ferir uma nova pessoa. Ciclo banal.
As coisas parecem melhores agora até que um novo fim chegue.
Você ficará bem? Não garanto.
Leve apenas o necessário. Talvez você precise de botas novas e uma lanterna.
Você pode sentir frio quando estiver só, mas saiba: você precisa resistir.

Então, querida. Resista!  Todos nós precisamos.

                                                                                           Cibeli Marques Pimentel

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Idéia de Felicidade.



Eu quero uma casa no campo, onde eu possa compor muitos rocks rurais.

E tenha somente a certeza dos amigos do peito, dos limites do corpo, e nada mais.
Eu quero uma casa no campo, onde eu possa ficar no tamanho da paz.

Eu quero carneiros e cabras pastando solenes no meu jardim.

Eu quero o silêncio das línguas cansadas

Eu quero a esperança de óculos, e um filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão a pimenta e o sal

Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos
e livros
e nada mais.


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Propaganda enganosa



Ultimamente o tédio e o cansaço consumiram toda a minha criatividade.
Continuo sentindo, amando e desamando. Continuo complicando, lendo e tentando fazer um pouco de diferença na vida.
Ando mal sucedida nos negócios, no amor; na vida e não consigo escrever nada digno para mostrar isso de uma forma que se lê e gosta. Dane-se!
Acordo supersaturada todos os dias, mas nunca acordo pessimista. Isso sim, eu consegui mudar, e não é fácil dar um sorriso quando se quer apenas abraçar os joelhos.
Só quero novos ares. Sentir o mesmo todos os dias enjoa.

As pessoas estupram minha bondade, roubam meu dinheiro e matam minhas expectativas. Elas realmente surpreendem.
                                                                                                                         Cibeli Marques Pimentel

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Momentos de preguiça


Desconcentrado, quando voltei do nada vi como chovia e era tarde afinal.
Eu que deixava um livro ruim que me mandava ser melhor com quem nunca me quis bem.

Mas eu não ia pra ficar.

Era agosto ainda no dia um.
Eu tinha medo do desgosto e do mal.
Sempre querendo evitar alguém de querer seguir só,
indo por onde não voltará.
Mas sem cuidar, eu sei de mim.
Só me resta calma.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Escola da vida

Foto: Sarita Marques Pimentel



Um dia me disseram que não há como escapar do destino.
Estavam certos. Mas sabe que por um lado é bom?
Há pancadas que quando dada nos outros não doem tanto na gente.

pessoas que nos roubam.
Há pessoas que nos devolvem!
Aprendi, definitivamente que não importa o quanto eu me importe,
algumas pessoas simplesmente não se importam.
                                                                                           Cibeli Marques Pimentel

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Fuck my life!


Tem sempre um momento  em que tudo se desmorona a sua volta.
Família, amigos, mentiras, verdades.
é como tirar a pele morta. Dói no início.
No final vai ficar tudo mais belo.
Vai sim, eu me prometo.

Cibeli Marques Pimentel

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Just pull the trigger



Cansei dos choques de realidade, do medo, da impaciência.
Cansei do tempo, das obrigações.
Eu cansei e ainda tento.
Resolvi apenas sentir as coisas e não por elas.
Famosa arte do desapego

Cibeli Marques Pimentel

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Apaixonei-me


Ele me ouve, me aconselha, cuida de mim.
Nós brigamos, e concordamos em discordar muitas vezes.
Somos razão, coração e contradição.
Ele diz que sou unica, mas é meia verdade.
Existem mais uns 10 ou 12 ''benzinhos'' por aí.
E eu que achava que era única. Ai de mim e de minha ingenuidade proposital.
É um jeito de me enganar pra não doer.
Mal sabia eu que não se anula dor, se remarca horário para visitas.
O meu bem querer não existe.

Menos mal. Prefiro abrir mão da sua existência do que deixar de ser peça única.

Nunca entro em liquidação.

Tenho orgulho próprio e você nunca vai feri-lo.

Não mais, nunca!


                                                                              Cibeli Marques Pimentel






quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Quimicamente inconclusivo


Como alguém diz que me conhece?
Não me refiro a fisionomia, mas aquilo que só se conhece com tempo e intimidade.

Eu acordo diferente todos os dias, e hoje eu não me conheço. O medo da responsabilidade  somado a ausência de boas noites de sono resultam nisso: no que eu nem conheço mais.
Não é um sentimento diferente, também não é familiar e muito menos bem vindo.Não é bom.

Parece que ontem eu era bem mais jovem e otimista que hoje. Acho que cresci.
É isso então? Crescer é aumentar a responsabilidade e diminuir o otimismo?

Aah, eu só quero alguém que tenha paciência para as minha perguntas.

Sabe que agora eu percebo o quanto é difícil falar sobre o meu sentir, só meu. Aquele sentir que nos visita em plena quarta-feira sem motivos ou avisos.Tipo uma saudade de alguém que ainda vou conhecer.

Preciso de adrenalina. Alguém que compre minhas idéias e finja que são geniais, alguém que me acompanhe, alguém que me dilua.
Hoje acordei me supersaturada.


                                                                                                  Cibeli Marques Pimentel

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Não é orgulho


Não é orgulho.
É amor próprio, consciência limpa.


Não é orgulho.
É cansaço por eu ter feito tudo que estava ao meu
alcance.
É esperança de que você perceba...que faça algo
.

Não, não é orgulho.

Hosana Lemos

sexta-feira, 16 de julho de 2010

The Modern Age

As paredes são de tijolos, tijolos pintados com tinta descascada, dando o toque de caos que o lugar precisava. A porta de madeira crua e maçaneta barata com um vidro transparente na porta que só faz diminuir a privacidade. O resto se resume a ferro enferrujado, carteiras rabiscadas e palavras altas sem sentido.
No meio da confusão ela sempre dirige a atenção a algumas frases, elas não são mais importantes do que as outras, mas de algum modo lhe serve de consolo ou conselho pra seus tormentos e convicções mal resolvidas afinal convicções sempre mudam.
As de agora seriam:
Calar a boca por um tempo e ouvir os outros é bom ás vezes.
Não é só porque é verde que a maconha não é droga, e ela precisa de um novo livro pra ler.

Ela vai viajar, mas aquela sede de algo bom a esperando não é mais uma sensação familiar. Ela precisa de algo mais forte, fugir por uns dias talvez resolva. Tudo anda tão clichê, desde cortes de cabelo a variedades de Toddy.


Cibeli Marques Pimentel

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O livro conselheiro.



Eu, pessoalmente, adoro dar uma palinha dos meus admirados, porém exitem certos poemas, livros, músicas e músicos, que quando descobertos por mim, permanece em mim e para mim. Vira eu, e nem tudo de mim você chegará a saber.
Tenho pouca cultura e literatura, mas o pouco que tenho defendo muito ciumentamente. Ando trabalhando nisso de começar a conversar sobre o que eu gosto. Tenho medo da banalização do que pra mim é precioso.
 A minha música favorita não teria o mesmo gosto confortável e doce de pequena felicidade se eu a ouvisse no rádio. É invasivo. Eu sei quando e como quero ouvi-la, e que permaneça assim por enquanto. Enfim. Egoísmos e manias á parte, voltemos ao dono do título: Mario Quintana. Tenho uma história e tanto com ele. Alguns meses atrás, eu peguei emprestado sem avisar e sem tempo indeterminado de uma biblioteca, um livro com um conjunto de suas obras. Foi nosso primeiro encontro, um encontro de um relacionamento duradouro.
Roubei, digo, peguei emprestado o livro porque suas páginas eram tao finas quanto as da bíblia, leve e gostosa de virar. Mesmo assim a preguiça permanecia estampada nos meus olhos pela impressão de grandeza daquele livro (''Não vou terminar de ler isso nunca’’).
Já que o livro me lembrava muito a bíblia, resolvi fazer um ritual com ele. Desde então, todos os dias abro o livro em qualquer página fina e gostosa e ele me diria o que tenho de saber.
Hoje, ele disse uma coisa interessante que não me despertou egoísmo nem ciúmes e gostaria de contar.
Entendi que, naquele livro, há palavras que não devo ler, e outras que devo ler repetidamente.
Eu acredito em Destino.

Cibeli Marques Pimentel


O dito do livro:


Deficiência


"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino."Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui."Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores."Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês."Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia."Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda."Diabético" é quem não consegue ser doce."Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus. A ''amizade'' é um amor que nunca morre.

Mario Quintana

terça-feira, 18 de maio de 2010

Eu e os outros


É. Acho que vou acabar doida de tanto pensar em coisas inúteis que para mim, demoram horas para serem resolvidas.
Pensei nas pessoas e como elas agem. É engraçado sabia? A mesma ladainha juvenil de sempre: aparências.
Acho que essas pessoas não são tão inúteis afinal. São sinais de Deus para o que Ele não quer que eu me torne.
Falsa aparência é como um vício e também uma mentira. Mas a questão aqui não são os meus ou os seus vícios. A questão é: vivemos com eles ou em função deles?
É complicado, eu sei.

Na verdade é simples, nós que fazemos tudo complicar pra não nos enjoarmos rápido de nós mesmos.
Tenho nojo de gente que acha que é livre, daquele estilo ''viva a natureza! Não existe sociedade, não precisamos de ninguém!''
Papo furado! Esses ideais de hoje em dia só vingariam se bilhões de pessoas pensassem da mesma forma. Mas não pensam. Ainda iremos todos morrer por conta desse egoísmo. 

Cibeli Marques Pimentel

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A escaladora de palavras


Faz alguns minutos vestidos de horas que o papel amarelado, envelhecido e de linhas lilás e vermelhas refletem seus olhos curiosos de criança. Não pensa em nada. Nem consegue e nem gostaria. Apenas o silêncio frio e branco da folha traz conforto suficiente para que ela permaneça alguns minutos de horas ali.
Ouve vozes. Pensamentos falados de alguém ocupado o suficiente a ponto de falar sem  querer, apenas palavras soltas no chão com tanta delicadeza que ela mal consegue saber seus sentidos. Ela nem se deu ao trabalho de erguer a cabeça pra saber do que se tratava. Seria um pecado quebrar o encanto dos minutos brincando de horas.

O silêncio confortável, frio e branco se quebra diante da dança que seu lápis negro de ponta caseira faz sob a folha virgem dando vida, algo bem melhor de se lembrar do que o silêncio.
As palavras vão se amontoando na sua cabeça, sufocando-a e fugindo de seu domínio.
Ela escala as palavras com dificuldade e demora. Na metade das vezes inteiras ela as vence.
A devoradora de livros espera por ela, ávida e urgente como sempre, este que seria o prato principal. 


Bom apetite.

                                                                                            Cibeli Marques Pimentel

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A devoradora de livros


Nunca se sabe quantos livros ela já leu, ou se ela realmente os lê. Acredito que ela os devore toda noite antes de dormir ou no meio de qualquer multidão indo e vindo. Quando ela lê eu a vejo flutuar onde não há exigências. Ela é ela, o que acontece com uma certa raridade. Com verdade, vejo urgência nos olhos dela e não a entendo. Com quem ela conversaria sobre o que ela lê com tanta fome? Acho que ninguém. Devorar livros é um modo de se sentir menos solitária e afrouxar um pouquinho a máscara amarrada ao seu rosto. Ela não sabe, mas ela é bem melhor do que as pessoas com quem anda. Não que eu seja Deus ou algo assim pra julgar as pessoas, mas como todo mundo adora se dar ao luxo de brincar de Deus,não vou ficar pra trás. Ela é completamente previsível. Cada vírgula e respiração.Eu tenho dó de gente interessante que se disfarça de algo que botaram na sua cabeça que é interessante. A famosa Maria vai com as outras.
                                                       Me poupe, eu me basto!

                                                                                             Cibeli Marques Pimentel

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Tempo, mudanças e promessas


Não sei exatamente o que escrevo aqui hoje.Geralmente nunca sei, mesmo fazendo rascunhos e mais rascunhos.É uma mistura de revolta com carinho e uma pitada de dúvida com aroma de infinitas interrogações, tal qual eu sinto com tanta intensidade que algo fica muito gritante dentro de mim, pedindo desesperadamente para que eu escreva.

Andei pensando no tempo, e como gostaria que houvesse reticências nele. Ouvi dizer que o ponto final é doloroso demais e as reticências nos proporcionam uma espécie de esperança. É verdade, mas eu, tu, ele, nós, vós, eles, todos enfim vamos morrer. Não nessa exata ordem, mas vamos, algum dia.
A morte é a única promessa fixa, imutável e infalível que já vi. Aah, essas promessas. Se você acredita que promessas realmente duram para sempre, desista. E se você acredita que elas não existem, por favor não seja tão pessimista assim. Promessas mudam, comigo e com você. Mudam também as pessoas que nos prometem.
Eu, Cibeli Marques Pimentel, acredito na reencarnação e na imortalidade da alma, portanto, meus toscos leitores, nada se cria ou simplesmente deixa de existir. Tudo, eu disse, tudo se transforma. O amor, o ódio, a felicidade, a paz de espírito e a promessa...
A dúvida é um sinal claro de mudança. Eu gostava de azul, hoje pode ser verde ou talvez eu nem goste mais de cores. A mudança é tão rápida que nem eu mesma acompanho a minha, o que resta é aquela típica expressão olhando as fotos dos anos passados. ''Como eu mudei''.
Acho que se Deus não tivesse nos dado o livre-arbítrio pensaríamos mil vezes antes de prometer. Doeria menos.

Cibeli Marques Pimentel

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Galeria - Anos 60

Fim da votação, e a nossa galeria de fotos ganhadora foi anos 60.
Nessa Galeria, postei alguns artistas que influenciaram muito essa geração através da música. Alguns de vocês reconhecerão, outros não, mas eu lhes garanto, que todos, são bem particulares e bons. Realmente bons.
Vamos a Galeria:



Ditadura Militar - Brasil

Ditadura militar (protestos dos universitários) - Brasil




Ditadura Militar (confronto da polícia com protestantes) - Brasil


Protesto Contra a Censura que a ditadura fazia com músicas,
filmes, livros e qualquer outro meio de informação


''O rei do rock'' - Elvis Presley


Jimi Hendrix no Woodstock Music & Art Fair


Movimento Contracultura
Woodstock Music & Art Fair
Geração Hippie

Janis Joplin

Johnny Cash já viciado em comprimidos

No dia 25 de março de 1969, a Guerra do Vietnã comia solta. Soldados
morriam e as pessoas protestavam da forma que podiam.
John Lennon e Yoko Ono, recém casados, arranjaram
um modo bem peculiar de chamar a atenção.
O casal passou a sua lua-de-mel na cidade de Amsterdã.
Até aí, nada demais. O detalhe é que eles
ficaram o período de
sete dias deitados na cama. Protestando...
The Beatles (incomparáveis)

June Carter e seu marido Johnny Cash

Johnny Cash antes do vício em comprimidos.

June Carter antes de se casar com Johnny Cash