sexta-feira, 7 de maio de 2010

Tempo, mudanças e promessas


Não sei exatamente o que escrevo aqui hoje.Geralmente nunca sei, mesmo fazendo rascunhos e mais rascunhos.É uma mistura de revolta com carinho e uma pitada de dúvida com aroma de infinitas interrogações, tal qual eu sinto com tanta intensidade que algo fica muito gritante dentro de mim, pedindo desesperadamente para que eu escreva.

Andei pensando no tempo, e como gostaria que houvesse reticências nele. Ouvi dizer que o ponto final é doloroso demais e as reticências nos proporcionam uma espécie de esperança. É verdade, mas eu, tu, ele, nós, vós, eles, todos enfim vamos morrer. Não nessa exata ordem, mas vamos, algum dia.
A morte é a única promessa fixa, imutável e infalível que já vi. Aah, essas promessas. Se você acredita que promessas realmente duram para sempre, desista. E se você acredita que elas não existem, por favor não seja tão pessimista assim. Promessas mudam, comigo e com você. Mudam também as pessoas que nos prometem.
Eu, Cibeli Marques Pimentel, acredito na reencarnação e na imortalidade da alma, portanto, meus toscos leitores, nada se cria ou simplesmente deixa de existir. Tudo, eu disse, tudo se transforma. O amor, o ódio, a felicidade, a paz de espírito e a promessa...
A dúvida é um sinal claro de mudança. Eu gostava de azul, hoje pode ser verde ou talvez eu nem goste mais de cores. A mudança é tão rápida que nem eu mesma acompanho a minha, o que resta é aquela típica expressão olhando as fotos dos anos passados. ''Como eu mudei''.
Acho que se Deus não tivesse nos dado o livre-arbítrio pensaríamos mil vezes antes de prometer. Doeria menos.

Cibeli Marques Pimentel

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